Em março deste ano, foi divulgado pelo Ministério das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) o 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, segundo a agência Brasil, o relatório tem como objetivo explorar a realidade remuneratória dos trabalhadores nas empresas e suas políticas de incentivo à contratação e promoção na perspectiva de gênero.
Segundo o relatório, mulheres recebem em média, 19,4% a menos que os homens, essa diferença fica ainda maior em cargos de liderança, a diferença de remuneração chega a 25,2%. Além disso, a pesquisa mostra desigualdade ainda maior no recorte por raça, mulheres negras, recebem cerca de 66,7% da remuneração das mulheres não negras além de estarem em menor número no mercado de trabalho.
Apesar de os dados serem alarmantes, abre-se uma grande oportunidade para que empresas e outras organizações passem a implementar soluções capazes de tornar seu ambiente de trabalho mais diverso, competitivo e atrair talentos.
Equidade de Gênero na Liderança
Mulheres ao longo da história conquistaram seu espaço no mercado de trabalho, apesar de parecer consolidado, ainda há vários problemas de desigualdade e discriminação de gênero a serem enfrentados enfrentados, como assédio, salarios desiguais e claro, a ocupação de cargos de liderança.
No Brasil, em pesquisa da FIA Business School, apenas 38% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, além disso, mesmo sub representadas em cargos C-Level as mulheres são melhores gestoras, além de mais populares e confiáveis.
A equidade de gênero na liderança é fundamental para o crescimento e a inovação nas organizações. Empresas com maior representatividade feminina em cargos de liderança
contribui para decisões mais abrangentes e eficazes, devido a diversidade de ideias, além disso empresas inclusivas representam um espaço de trabalho mais seguro onde todos se sentem valorizados e respeitados, aumentando a motivação, a produtividade e a retenção de talentos. Além de organizações que incentivam a diversidade de gênero, apresenta maior lucratividade, com retorno financeiro 15% acima da média segundo a estudos da McKinsey.
Para promover uma liderança mais inclusiva, é necessário implementar programas e políticas que permitam a todos os funcionários, independentemente de seu gênero ou origem, desenvolverem suas habilidades de liderança. Veja abaixo alguns exemplos:
- Programas de mentoria: São programas estruturados com o objetivo de desenvolver talentos dentro de uma organização. Projetos estruturados para a equidade de gênero na liderança, proporcionam um ambiente de aprendizado personalizado, visando capacitar mulheres e grupos sub-representados a alcançarem cargos de liderança. Eles precisam ser cuidadosamente projetados e implementados para fornecer orientação, suporte, apoio emocional e oportunidades de networking a mulheres com mentores experientes que impulsionam o seu crescimento profissional. Além disso, ao implementar programas de mentoria personalizados, as organizações criam uma cultura de apoio e desenvolvimento de habilidades que melhora o clima organizacional e a cultura promovida
- Treinamentos adaptados para liderança: Os treinamentos fornecem capacitação para desenvolver competências específicas para que mulheres e outros grupos assumam papeis de liderança. Um treinamento adaptado oportuniza grupos a aprenderem sobre diversos temas e trabalharem skills de comunicação, gestão de conflitos, tomada de decisão, motivação de equipes, gestão do tempo, entre outros. Além disso o treinamento gera trocas entre os participantes, networking e ferramentas específicas para lidar com situações complexas.
- Revisão de políticas de promoção: A revisão de políticas de promoção são essenciais para promover um ambiente diverso e inclusivo dentro da organização. Essas políticas podem ao longo do anos estarem desatualizadas, a revisão delas é crucial para garantir que elas sejam transparentes, justas e livres de vieses ou outras formas de discriminação. Ao estabelecer critérios de promoção claros e objetivos, as organizações podem garantir uma avaliação imparcial dos colaboradores nas avaliações de desempenho, processos de contratação e outras práticas.
- Fomentar uma cultura de apoio e inclusão: Uma cultura de inclusão envolve a implementação de práticas constantes que promovam um ambiente de trabalho onde todos os funcionários se sintam valorizados e respeitados. São diversas as ações que envolvem criar e cultivar uma cultura de apoio e inclusão no dia a dia, são alguns exemplos: praticar a flexibilidade no ambiente de trabalho, criar avaliações de desempenho bem estruturadas, promover uma cultura de feedback, realizar programas de reconhecimento, fazer pesquisa de clima frequentemente, cultivar espaços de aprendizado como workshops e treinamentos, gerar espaços de integração como grupos de afinidade e políticas de compliance como canais de denúncia. Este é um processo contínuo que exige esforço e compromisso de todos.
Esses são alguns programas e políticas capazes de promover a equidade de gênero e desenvolver lideranças inclusivas, mas eles não precisam ser realizados sozinhos. organizações podem contar com o auxílio de consultorias como a Singuê.
A Singuê atua como facilitadora e orientadora, fornecendo conhecimentos especializados, e estratégias personalizadas para capacitar as organizações a promoverem a equidade de gênero. A partir de encontros e interações facilitadas com lideranças, RHs, comitês de diversidade e grupos de afinidade, auxiliamos no desenho de uma estratégia específica para a sua empresa. Se sua organização está buscando desenvolver uma liderança inclusiva e alcançar a equidade de gênero, considere a parceria com a Singuê, entre em contato, vamos conversar!