O trabalho de uma consultoria de diversidade é o que várias empresas vêm buscando nos últimos tempos. Não à toa, já que o tema da diversidade, equidade e inclusão nas organizações é relativamente novo, mas urgente, complexo e perene. 

É isto que temos observado na prática, atendendo bigtechs, empresas de serviços e indústrias com projetos e programas de DEI e é o que aponta grandes pesquisas e tendências mundiais.

Por isso, de preciso destacar pontos importantes que aceleram a agenda nas organizações:

  • risco reputacional para marcas, executivos e instituições;
  • exigências de mais diversidade por índices e empresas de investimentos nacionais e internacionais;
  • atração dos melhores talentos;
  • as pessoas preferem trabalhar em empresas com estratégia e políticas nítidas que envolvem diversidade e inclusão.

O contexto histórico sobre diversidade, equidade e inclusão

No Brasil, temos uma realidade de muitos avanços na agenda de DEI em comparação a outros países da América Latina e até mesmo da Europa. 

Mesmo tendo desafios enormes à nossa frente, é importante reconhecer os sinais como, por exemplo, a política de cotas em universidade e concursos públicos, e já termos eleito uma mulher para presidente do país. Além disso, as pautas de diversidade de gênero e da deficiência já são relativamente difundidas no meio corporativo. Há mais de 20 anos, por exemplo, temos uma lei de cotas para PCDs no Brasil (art. 93 da Lei nº 8.213/91).

Mas foi a partir de 2020, com as imagens do assassinato brutal de George Perry Floyd Jr. nos EUA e o movimento Black Lives Matter (BLM) que se organizou a partir disto que a sociedade pressionou as grandes marcas por posicionamento frente a desigualdade racial. 

Algumas grandes empresas responderam rapidamente à sociedade se comprometendo, principalmente com a diversidade étnico-racial e o tema tomou força com as pautas dos demais grupos minorizados

Porém, vale destacar que, nos EUA, a agenda de diversidade, equidade e inclusão tem mais tempo que isso e podemos encontrar excelentes pesquisas e estudos acadêmicos que abordam a questão de forma bastante profunda. 

Sobre a questão racial, por exemplo, apesar de apenas cerca de 14% da população estadunidense ser negra, eles já tiveram um presidente negro e a presença de pessoas negras é muito forte em lugares de poder, entre bilionários, além do mundo do esporte e do entretenimento.

Longo caminho pela frente

Mas no Brasil, ainda vemos um longo caminho a ser percorrido, apesar dos avanços que vimos anteriormente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, 32,9% das pessoas pretas ou pardas viviam abaixo da linha da pobreza, revelando uma disparidade social significativa. 

Além disso, uma pesquisa do portal Infojobs relevou que 39% dos profissionais pretos e pardos já foram discriminados por causa da cor da pele, e desses, 61% temiam denunciar, por medo de represálias e da perda do emprego. Esses dados mostram a urgência de transformações profundas no mercado. Mas como fazer isso? É aí que entra o trabalho de uma consultoria de diversidade e inclusão.

Por que é importante uma consultoria de projetos com a perspectiva da diversidade, equidade e inclusão?

Poderíamos listar aqui diversas ações que as empresas mais engajadas no mundo estão fazendo, como programas inclusivos de trainees, aceleração de carreira para grupos minorizados e letramento para lideranças, por exemplo. Existem excelentes exemplos para benchmarking. 

E as empresas que trabalham com consultoria de diversidade há mais tempo já tem muita experiência para compartilhar sobre o que tem dado certo, além obviamente dos erros e falhas nos processos.

Mas o mais importante definitivamente não é o “o que fazer?”. As iniciativas que temos visto que começam a partir desta perspectiva, sem uma reflexão mais aprofundada, são as mais fadadas ao insucesso. 

Desenvolver ações de diversidade e inclusão (DI) sem uma séria reflexão estratégica pode frustrar lideranças por não entregarem valor real ao negócio e, pior, frustrar os grupos minorizados internos e externos porque foram criadas expectativas e ao final não houve diferença real na vida destas pessoas.

A forma que a equipe Singuê trabalha 

A Singuê desenvolveu um frame inspirado no método criado pelo especialista em liderança Simon Sinek. O Golden Circle é um método para pensar, agir e comunicar com o intuito de inspirar e engajar pessoas. Ele se baseia em encontrar “o porquê” por trás das ações e, só aí, partir para as etapas de “o que” ou “como”. 

Adaptando a discussão de Sinek, podemos dizer que a maioria das empresas começa pelo “o quê” ou pelo “como” ao pensar diversidade e inclusão. Mas para construir uma visão estratégica, é fundamental partir das motivações para entender como todo o trabalho vai ser desenhado.

Por isso, a consultoria de diversidade precisa ajudar as empresas a entenderem por que D&I é importante para a organização. A partir dessa reflexão, é possível se aprofundar e conectar todas as reflexões e ações com a estratégia do negócio de uma maneira que seja inseparável.

Muito além do letramento em diversidade

Os maiores investimentos das empresas em diversidade, equidade e inclusão começaram e ainda se concentram em letramento. É chamado de letramento a educação nos temas da diversidade como palestras e workshops. 

Existem consultorias com foco em letramento em todos os temas e até mesmo pessoas bem conhecidas por seus conteúdos em temas específicos, como de pessoas com deficiência ou vivências trans no mundo corporativo. Tudo isso é muito importante, mas é preciso questionar a quem cada investimento ou projeto impacta.

Assim, entendemos que o letramento é um investimento que se faz essencialmente para ensinar pessoas de culturas dominantes a lidarem com a questão da diversidade, equidade e inclusão.

Os investimentos em projetos que impactam diretamente os públicos de diversidade são outros. São aqueles que promovem inclusão e bem-estar ou desenvolvem as carreiras de pessoas negras, com deficiência ou LGBTQIA+, por exemplo. Por isso, é importante que o letramento seja apenas parte da estratégia, mas esteja alinhada com outros investimentos.

Como a consultoria auxilia no desenho de uma estratégia de diversidade, equidade e inclusão?

A partir de encontros e interações facilitadas com lideranças, RHs, comitês de diversidade e grupos de afinidade, por exemplo, temos um diagnóstico bem aprofundado da relevância estratégica do tema no contexto da companhia. 

A pergunta principal para entender “o porquê” é, além do imperativo moral, como o tema pode influenciar o crescimento daquele negócio a partir de uma cultura mais inclusiva e com o valor da equidade no centro.

Neste momento, a consultoria de diversidade traz elementos estruturantes para a reflexão conjunta. A experiência em projetos semelhantes, as melhores práticas do mercado e um conhecimento de anos de estudo teórico-acadêmico no tema de sua equipe.

Com “o porquê” bem delineado, partimos para as perguntas do que vamos fazer e como. O  “o quê” pode ser respondido dentro de uma linha temporal de prioridade e possibilidades. Por exemplo:

  • a empresa pode decidir que no primeiro ano fará ações de letramento nas temáticas da agenda para as lideranças, apoiará o fortalecimento dos grupos de afinidade e um programa de desenvolvimento de carreiras para acelerar a promoção de pessoas público de diversidade.
  • assim, no segundo ano começará a divulgar vagas afirmativas e um programa de trainee inclusivo para pessoas negras e PcDs.
  • e no terceiro ano, quer toda a área de compliance envolvida na estratégia, apoiando a cultura de ética e integridade a partir dos valores de diversidade, equidade e inclusão.

O “como” aborda as ações operacionais e de governança. Quem, como e quando as ações serão executadas. 

Quais são as métricas de sucesso dos projetos e quais as evidências da cultura de diversidade, equidade e inclusão em cada etapa da jornada da pessoa colaboradora.

Como cada área da empresa se responsabiliza com a cultura inclusiva e como se mede também estas evidências e responsabilidades. 

Quais os resultados de uma estratégia bem definida de diversidade, equidade e inclusão?

O resultado de uma estratégia bem estruturada com o apoio de uma consultoria de diversidade tem um valor muito grande para toda a companhia. 

O primeiro e mais precioso resultado é que todas as pessoas, de grupos dominantes e não dominantes, podem se sentir seguros da importância da agenda para a empresa. Tudo isso a partir dos compromissos manifestos em planejamento, com ações, métricas, orçamento e acompanhamento das evidências que a estratégia impõe à cultura.

Por exemplo, uma mulher executiva pode se sentir tranquila com seus planos de gravidez sabendo que a empresa tem regras definidas que garantem uma cultura de equidade e inclusão, e uma liderança preparada para agir com este momento delicado de vida e carreira.

Outro resultado de uma estratégia bem definida é mostrar as evidências das políticas de diversidade, equidade e inclusão para atrair os melhores talentos, pessoas que certamente valorizam uma cultura inclusiva na hora de pensar em transição de carreira.

E como último exemplo, uma estratégia consistente, amparada por uma boa política de compliance, certamente vai trazer muita segurança a novos investidores sobre a cultura e planos da empresa no momento de busca capital no mercado. 

Consultoria de diversidade: de qual diversidade estamos falando?

As consultorias, conforme suas especialidades, podem trabalhar os temas com os quais mais se identificam e conhecem. A Nohs Somos, por exemplo, é uma grande parceira da Singuê que tem uma profunda identificação com a agenda LGBTQIA+. Além disso, tem um longo histórico de projetos já desenvolvidos na área com grande reconhecimento do mercado. 

Definimos a Singuê como uma consultoria preta, que desenvolve projetos prioritariamente de questão de gênero e étnico-racial, mas consegue facilitar o desenvolvimento de estratégias envolvendo outras temáticas. 

A Talita Matos, uma de nossas cofundadoras, conhece profundamente a questão da inclusão da pessoa com deficiência, tema de seu mestrado e de outros projetos, como o desenho universal para educação, que desenvolveu com a UNICEF.

Pudemos em nossa trajetória entender aspectos gerais do tema diversidade porque trabalhamos com projetos internacionais, nos quais os contextos de diversidade precisam ser compreendidos e localizados em cada região do planeta. O tema na Ásia, África ou até mesmo em outros países da América Latina é muito diferente do contexto brasileiro.

E mesmo que a compreensão da agenda seja mais aprofundada, as questões de aplicação dos conceitos em cada área requerem saberes técnicos muito complexos. Afinal, desenvolver projetos de diversidade, equidade e inclusão que garantam resultados mensuráveis, precisa estar ligado aos saberes de décadas que envolvem desenvolvimento de carreira, recrutamento e seleção ou comunicação, por exemplo.

Quanto a estas diferenças pontuadas, algumas consultorias são mais generalistas e outras mais especializadas em temáticas e áreas específicas.

Como contratar uma consultoria de diversidade, equidade e Inclusão?

Antes de contratar uma consultoria de diversidade é importante conhecer quais desafios existem quanto ao tema em sua organização. 

Muitas empresas começam com um censo demográfico, sendo uma foto do perfil demográfico de sua companhia, que já pode ser auxiliada por uma consultoria especializada.

O censo pode responder muito além das principais questões quantitativas sobre raça, gênero e orientação sexual, mas onde as pessoas estão em níveis hierárquicos, faixa salarial e tempo de progressão de carreira, por exemplo.

A partir deste retrato a alta liderança ainda não está consciente da importância do tema, os desafios serão gigantes e os resultados têm riscos de serem nulos. 

Nós, da Singuê, estamos disponíveis para ajudar você nesse novo momento da sua empresa! Agora que você já sabe como uma consultoria de diversidade atua e qual a importância para as empresas que querem melhores resultados, entre agora em contato conosco para uma conversa!