As políticas afirmativas estão cada vez mais presentes na rotina das empresas. Em um mundo em constante transformação, tem sido necessário pensar diferentes formas de promover a diversidade. Desde ações de educação até políticas afirmativas, várias ações estão transformando a realidade das empresas. Mas existe outra estratégia que ainda precisa ser mais explorada: o programa de compliance.

Um programa de compliance inclusivo faz mais do que apenas atender às diretrizes regulatórias. Ele também promove um ambiente de trabalho diversificado e igualitário. 

Neste artigo, explicaremos o que é um programa de compliance, qual é a sua relação com a inclusão e forneceremos cinco estratégias para a governança corporativa nas empresas. Siga a leitura para saber mais.

O que é um programa de compliance?

O compliance se dedica a manter a empresa em conformidade com leis e regras. O programa cria processos e procedimentos para fiscalizar ações. Ele se dedica a cuidar tanto da conformidade de regulamentos externos quanto internos, para que todos os processos funcionem da melhor maneira. 

Portanto, o programa de compliance cria estratégias de detecção, acompanhamento e mitigação de riscos. Esse cuidado envolve clientes, colaboradores, parceiros, fornecedores, entre outras partes. Dessa forma, a implementação do programa é essencial para resguardar a reputação da empresa, além de evitar fraudes ou prejuízos. 

Atualmente, apenas 35,6% das empresas brasileiras possuem um setor exclusivo de compliance. Mesmo assim, quase 80% das grandes organizações possuem algum tipo de programa de compliance. Na maioria desses casos, o setor é supervisionado por colaboradores que também possuem outras funções.

A implementação do programa pode ir além de supervisionar normas e regulamentos. Ele também pode ser usado como estratégia para promover a diversidade nas organizações. 

A relação entre compliance e inclusão

O programa de compliance pode ser usado como mais uma estratégia de promoção da inclusão. Por meio do compliance inclusivo é possível cuidar de como as políticas de equidade tem sido aplicadas. É uma maneira de manter lideranças e colaboradores a par das diretrizes da organização em relação ao tema. 

As suas ações são similares ao programa de compliance comum, mas o seu foco é diferente. Aqui, o objetivo do programa é fiscalizar situações discriminatórias, para promover um espaço diverso. 

Dessa forma, ele se caracteriza como uma ferramenta de inclusão racial. O compliance inclusivo cria processos para que a equidade aconteça de forma plena. Ele irá prevenir a discriminação, formalizar denúncias e promover um ambiente de bem-estar para todos os colaboradores.

Portanto, esse braço do compliance segue cuidando da reputação da empresa e da satisfação das partes envolvidas. Sua implementação é essencial para que os programas de diversidade sejam de fato cumpridos. 

5 estratégias para implementar o compliance inclusivo

Agora que você já entendeu o que é o compliance e como ele se relaciona com a inclusão, é o momento de descobrir as estratégias para implementá-lo. Para que o programa promova a equidade, é preciso se concentrar em alguns pontos.

1. Envolver a alta administração

A liderança precisa ser comprometida em promover a equidade e a inclusão. Por isso, o seu envolvimento com a implementação do programa é essencial. Os líderes devem demonstrar que a diversidade é uma prioridade, para que os colaboradores também percebam sua relevância.

Seguir as diretrizes apontadas pelo compliance também é essencial. Isso envolve acatar as denúncias e criar um ambiente seguro em seus setores. É a partir desse cuidado com a diversidade que empresas alcancem melhorias de até 90% no clima organizacional.

Ou seja, a participação da liderança na implementação do compliance inclusive beneficia toda a organização. 

2. Ter uma comunicação acessível

As políticas criadas e implementadas pelo compliance devem ser claras e acessíveis. É importante ter um canal de comunicação aberto com os colaboradores. Assim, é possível manter uma conversa constante.

É essencial que o programa apresente as diretrizes a serem seguidas e os motivos para que elas sejam incorporadas. Junto disso, também se faz necessário escutar a opinião dos colaboradores, que podem propor melhorias. 

Ainda que seja um setor fiscalizador, o diálogo fará diferença nos resultados alcançados pelo programa.

3. Implementar um canal de denúncias 

Uma parte essencial da promoção da diversidade é coibir ações discriminatórias. Dessa forma, criar canais seguros de denúncia fará toda a diferença. 

Essa é uma forma de acompanhar possíveis situações fora das diretrizes, além de aumentar a confiança dos colaboradores nos valores da empresa. Caso em alguma situação ocorra o crime de racismo, por exemplo, é preciso existir um suporte para que a denúncia seja feita.

Para garantir a eficácia desses canais, é importante cuidar do anonimato das vítimas. Assim, represálias são evitadas. Também é necessário garantir que todas as denúncias sejam ouvidas, independente do nível de influência do acusado.

4. Construir um setor dedicado ao compliance

Não é incomum que as empresas implementem programas de compliance, mas não tenham um setor dedicado a ele. A tarefa acaba recaindo sobre colaboradores que já têm outras funções. 

Para melhorar a eficácia do programa, um setor exclusivo para o compliance é bastante benéfico. Assim, um ou mais profissionais estarão concentrados na tarefa de promover a diversidade. Eles serão capazes de dar mais atenção às demandas dos colaboradores, além de fiscalizar com mais atenção o que não está sendo cumprido.

Um setor responsável exclusivamente pelo compliance inclusivo também é a oportunidade de contratar profissionais especializados na área. Isso ajuda na construção de políticas mais efetivas. 

5. Avaliar as ações regularmente

Realizar avaliações regulares do programa de compliance contribuiu com a melhoria das políticas. Por isso, revisar as formas como as diretrizes são implementadas é importante. 

Nesse processo, escutar os colaboradores faz diferença. Eles podem contribuir com pontos de melhoria e ações que sentem faltam. Mas também é possível organizar um grupo ou conselho responsável pela avaliação do programa, apontando os pontos fortes e os pontos de atenção. 

O central é ter em mente que as avaliações são feitas para que o programa se fortaleça e aumente seu impacto.

Se a sua empresa também quer implementar o compliance inclusivo, ou outras estratégias de promoção da diversidade, conheça o trabalho da Singuê.