Atrair e reter talentos é sempre um grande desafio, principalmente para as empresas de tecnologia. Uma pesquisa do Google for Startups estima que até o final de 2030, mais de 85 milhões de empregos não serão preenchidos no mundo, pois não existirão pessoas qualificadas para ocupá-los. 

Então qual a saída para empresas que querem continuar crescendo e contratando novos profissionais? O levantamento do Google traz algumas apostas e uma delas tem tudo a ver com o que fazemos na Singuê: diversidade e inclusão.

O relatório, lançado no fim de 2023, mostra que grupos minorizados ainda tem dificuldade de acessar empregos formais, principalmente aqueles que exigem maior especialização. Mesmo com o aumento no acesso ao ensino superior, por meio de ações afirmativas, ainda existem diversos obstáculos que mantém os grupos minorizados em cargos de menor senioridade e baixa remuneração. 

Por isso, investir em diversidade e inclusão, além de uma estratégia que mostra o compromisso da empresa com ESG, também pode ser uma forma de encontrar mais talentos qualificados e suprir essa lacuna. 

Neste artigo, vamos explicar como atrair e reter talentos de grupos minorizados ajuda sua empresa a ser mais inovadora, criativa e ainda melhora a lucratividade do negócio. Continue lendo e saiba mais!

Estratégias de recrutamento para grupos minorizados

A diversidade e inclusão (D&I) não podem ser encaradas como responsabilidade exclusiva do departamento de Recursos Humanos. A abordagem precisa ser transversal a todas as áreas da empresa, incluindo marketing, finanças, desenvolvimento e demais. 

Para isso, é fundamental entender como a diversidade se encaixa nos valores e propósitos da empresa, reconhecendo como diferentes perspectivas podem contribuir para o sucesso organizacional.

Antes mesmo de atrair e reter talentos, é essencial educar toda a equipe, especialmente a liderança, para criar um ambiente inclusivo. A liderança precisa tratar a diversidade de forma estratégica, transformando o comprometimento em ações concretas de inclusão e integração. A inclusão deve ser parte integral da missão e valores da empresa, e não um pilar secundário.

No processo seletivo, é importante adotar práticas que eliminem vieses inconscientes. Omitir dados pessoais, como idade, gênero e raça, a menos que sejam necessários para programas afirmativos, cria um processo mais justo. Além disso, entrevistadores e recrutadores diversos desempenham um papel crucial, assim como consultorias especializadas em recrutamento de grupos minorizados

Além da contratação: como reduzir o turnover e engajar talentos?

Contratar profissionais de grupos minorizados é apenas o primeiro passo. Para garantir uma cultura inclusiva e reter esses talentos, as empresas precisam investir em estratégias de longo prazo.

Contratar novos talentos envolve custos significativos, desde a atração até a integração. O custo de más contratações pode ser substancial. Reter talentos, por outro lado, tem custos diluídos ao longo do tempo e exige um compromisso contínuo com o desenvolvimento e o bem-estar dos colaboradores.

Ambiente de trabalho inclusivo

Construir espaços nos quais os funcionários se sintam à vontade para compartilhar suas identidades é essencial. Para isso, é importante incentivar interações e compartilhamento de conhecimento sobre diversidade para ampliar a compreensão da equipe. Além disso, é fundamental construir uma cultura organizacional aberta e transparente. 

Acessibilidade e atendimento às necessidades

Também é fundamental implementar adaptações físicas e processuais para garantir que pessoas com deficiência tenham ambientes de trabalho adequados. Além disso, é fundamental fazer mapeamentos constantes das necessidades da equipe e implementar mudanças com prazos claros, construindo confiança.

Outros ajustes podem envolver também o uso de nome social e banheiros neutros para pessoas trans e travestis, por exemplo.

Planos de carreira personalizados

Como falamos, hoje um dos principais desafios para grupos minorizados no mercado de trabalho está em progredir na carreira. Por isso, é importante que a empresa tenha planos de desenvolvimento individuais que levem em conta as especificidades de cada profissional. 

Para isso, a organização precisa reconhecer as diversas necessidades e organizar maneiras de supri-las. Por exemplo, oferecendo opções de home office para mães ou planos de aprendizado de idiomas para quem não é fluente em inglês.

No mesmo sentido, é interessante pensar em programas de mentoria e formação de lideranças exclusivos para grupos minorizados. Assim, a empresa consegue dar uma assistência mais personalizada para formar profissionais. 

Afinal, a busca por diversidade e inclusão vai além do recrutamento. Engajar e reter talentos de grupos minorizados exigem ações concretas e estratégicas ao longo de todo o ciclo de vida do profissional na empresa. E vale lembrar: a inclusão não é apenas uma responsabilidade ética, mas uma estratégia essencial para empresas que buscam prosperar em um mundo cada vez mais dinâmico. 

Continue lendo sobre a importância da inclusão para sua empresa em nosso artigo “Programa de compliance inclusivo: 5 estratégias para promover a equidade” e saiba mais!